Movies.Sky.Com: Com o quarto filme de Twilight em produção e todos os outros três filmes que saíram até o momento passando na Sky nesse mês de Novembro e Dezembro (nos EUA), nós tentamos descobrir diretamente das jovens estrelas da franquia se por acaso três é realmente de mais. Entrevista de Jenny Cooney.
Quando a revista Sky Movies Magazine sentou para conversar com os protagonistas da franquia Twilight – Kristen Stewart (Bella), Robert Pattinson (Edward) e Taylor Lautner (Jacob) – fica imediatamente evidente como essas jovens grandes estrelas são próximas. O que não é surpreendente se considerarmos o quanto a vida deles mudou nos dois anos desde que Crepúsculo foi lançado em 2008. Da noite para o dia, Stewart (18 anos na época), Pattinson (22) e Lautner (apenas 16) se tornaram ídolos adolescentes, arrastados pela incrível onda da mania Twilight.
Então, o terceiro filme estreou nos cinemas mais cedo nesse e agora vocês estão prestes a começar as filmagens do quarto – vocês alguma vez acharam que Twilight seria um sucesso tão grande?
Taylor Lautner: Foi uma grande surpresa. Quando estávamos filmando Twilight nós só pensamos que estávamos fazendo um filme pelo qual éramos apaixonados. Nós não sabíamos que alguém mais queria assisti-lo. Não tínhamos idéia que se tornaria isso que se tornou e depois só continuou crescendo.
Robert Pattinson: Eu sinceramente pensei que era uma pequena estória de amor de vampiros indie e obscura… E então acabou sendo essa coisa gigante. Eu não previ isso de forma alguma… Mas não é como se eu me opusesse a isso se tornar de repente um grande filme! Quer dizer, isso é ótimo.
Kristen Stewart: O que é legal é que você tem essa fantasia cheia de mitos e coisas assim. Então aumenta o apelo emocional. Eu acho que é por isso que as garotas amam tanto, porque é um pouco mais sério do que as coisas com que você lidaria na sua vida real. É um pouco mais intenso do que qualquer coisa que você esteja sentindo.
A vida de vocês mudou com tanta atenção de fãs e da imprensa?
TL: Sim, um pouco, porque não é normal acordar e ter 12 carros de paparazzi esperando por você, e que vão simplesmente te seguir o dia inteiro…
KS: É muito engraçado quando eles caem um sobre os outros porque estão andando de ré para poder tirar fotos suas. Sempre que você vê uma foto de paparazzi minha onde estou muito feliz, é porque eu estou rindo deles.
TL: Mas os prós que vêm com o trabalho realmente superam os contras, eu estou tendo os melhores dias de minha vida nesses últimos dois anos. Mas é muito importante não deixar que isso afete a sua vida. Eu realmente vivo em dois mundos diferentes. Eu tenho o mundo Twilight e então eu tenho o mesmo mundo que existia antes, com a minha família e amigos.
RP: Eu tenho um certo medo de quando a série acabar, porque é uma grande segurança. É como uma rede que vai te segurar. Você pode arriscar cometer erros quando tem mais um filme Twilight para fazer. Mas depois, eu acho que daí você tem que se virar sozinho.
Vocês já vêm trabalhando juntos há algum tempo – como a relação entre vocês mudou?
KS: Nós temos uma relação completamente diferente agora. Nos tornamos bons amigos… Eu tenho um carinho imenso por Rob e Taylor, nós realmente nos aproximamos muito – e nunca fica estranho!
TL: Sim, nos aproximamos mais e mais. Quer dizer, somo como melhores amigos agora e é incrível o quanto isso ajuda. Podemos ser mais abertos um com o outro e nos divertimos mais. Eu acho que isso cria um ambiente melhor de trabalho.
Você as vezes incomodam uns aos outros?
KS: Eles não me incomodam [risos]. Temos um relacionamento totalmente normal uns com os outros… podemos ser honestos sem nos preocuparmos em ofender o outro.
TL: Eu e Kristen somos muito próximos [ele lança um ‘olhar desafiador’ para Pattinson brincando]. Nós conversamos sobre tudo e qualquer coisa. Durante o nosso tempo livre nós ou jogamos bola ou ela atira uvas para eu pegar com a boca… Você fica bastante entediado no set as vezes. Não sei como faríamos essa franquia se não fôssemos tão próximos como somos. Seria um pesadelo.
Taylor e Rob – os personagens de vocês são rivais nos filmes. É difícil gravar essas cenas, especialmente em Eclipse, onde vocês brigam?
TL: O Rob é muito engraçado.Tipo na cena da barraca em que estamos gritando e berrando um com o outro – é tão difícil odiar o Rob porque ele é tão divertido, um cara legal, então ter que olhar no olho dele e gritar é difícil. Toda vez, depois que gritassem ‘corta’, nós nos acabávamos de rir, então é um desafio.
RP: Eu estava em um humor bem estranho quando gravamos aquela cena [risos]. Eu ficava obcecado com a palavra ‘pensamentos’ (‘thoughts’), porque com um sotaque americano me soava como ‘peidos’ (‘farts’). E eu não estava conseguindo superar isso, o dia todo. A primeira frase era “Você pode pelo menos guardar os seus pensamentos para você?” Quer dizer, eu estou sentado nessa barraca e toda santa vez [riso]… E Taylor chegou num ponto em que ele ficava, “Isso nem soa igual – não é engraçado.”
Isso acontece com freqüência?
RP: [Teve essa cena] em que Kristen deveria estar dormindo no chão. Então eu olho para baixo e ela esta olhando para mim e tentando me fazer rir o tempo todo. Mas isso significou uma energia para a cena, porque eu estava tentando conter o riso e isso meio que deixou tudo mais fácil.
Jacob e Bella chegam ainda mais perto de ficarem juntos em Eclipse – isso causa alguma situação estranha entre vocês?
TL: Foi bom para o Jacob chegar e lá e ter a sua chance de beijar Bella pela primeira vez. Com certeza [risos].
RP: Não só eles tiveram cenas de beijo, mas eles nunca faziam as cenas quando eu estava no set. Você sinceramente sente que alguém está te traindo… Eu voltava para o trabalho e ficava, “E ai? Como foi?”
TL: [Teve um beijo] no clímax do filme. Nós estamos no topo da montanha e a paisagem era maravilhosa. É um momento muito importante e emotivo… Mas foi engraçado porque sempre eu e Kristen íamos nos beijar e quando o beijo terminava, Kristen olhava para mim e dizia, “A gente se beijou.” E eu ficava, “É beijamos.” Foi engraçado.
Vocês ficaram com vergonha?
TL: Não, quando eu e Kristen fazemos as cenas, nós somos Jacob e Bella. Tudo que fazemos, seja beijar ou brigar. Nós de fato vivemos esses personagens, depois de três filmes isso meio que acontece.
KS: É, eu poderia ser declarada absolutamente louca a essa altura porque eu entrei tanto no pensamento dessa realidade Twilight…
Vocês podem nos falar um pouco sobre o próximo filme, Breaking Dawn?
KS: Bem, foi dividido em dois filmes. Começamos a gravar em Novembro…
TL: Estou muito animado que vão ser dois filmes. Eu acho que vai funcionar muito bem e estou animado de ter a oportunidade de trabalhar com Bill Condon [o novo diretor]. Quando eu fiquei sabendo que ele tinha aceitado eu pensei “OK, isso vai ser o ouro.”
KS: Eu acho que cada diretor foi perfeitamente apropriado para o projeto. Catherine [Hardwicke, a diretora do primeiro filme] tem uma relação muito forte com juventude e descobertas e coisas assim, e é muito difícil descrever como o Chris [Weitz, diretor de Lua Nova] é legal. Ele tem tanta compaixão e sabedoria nele – eu realmente precisava de alguém para olhar com admiração quando eu estava disposta a ir pro fundo do poço por isso. David [Slade, o diretor de Eclipse] tem uma sensibilidade mais mórbida. O que é bom pois Eclipse fica mais assustador…
Como que os personagens de vocês mudaram ao longo desses filmes?
RP: Quando eu li os livros inicialmente, eu fiquei… Eu não consigo interpretar isso. Isso é impossível. Mas o tempo todo eu tentei fazer [do Edward] o perfeito rejeitado. Não importa o que as pessoas falem para ele, não importa quantas coisa heróicas ele faça, é impossível convencê-lo que ele tenha feito uma coisa certa. E a única coisa que fez ele se sentir vivo – sentir alguma coisa – foi a Bella.
TL: Em Lua Nova, eu estava meio que interpretando uma dupla personalidade; pela primeira metade eu era o velho Jacob e depois pela segunda metade eu era o novo Jacob. Para Eclipse, Jacob amadurece e fica um pouco mais sério porque ele sabe com o que ele está lidando agora, o que foi certamente um desafio emocional. Por isso que Eclipse é o meu filme favorito, porque tudo que é ótimo nessa franquia – o romance, a ação, o perigo, o suspense, tudo – Eclipse leva isso a outro nível. É o ponto alto do triângulo amoroso – Bella está dividida entre esses dois caras que estão literalmente brigando por ela.
KS: Bem, em Breaking Dawn, a Bella se torna uma esposa. Ela se torna mãe. Por sorte eu já interpreto a personagem por algum tempo. Se Breaking Dawn fosse um filme sozinho, seria muito mais difícil interpretar uma jovem esposa e mãe, mas como eu estou com a série desde que ela tem 17 anos, foi uma progressão. Eu acho que isso é o legal da série. Ela leva um bom tempo para chegar nesse ponto e ela perde muitas coisas e depois recupera. E eu acho que para tomar decisões como essa você tem que realmente confiar em você mesma e ela conquista isso. Ela é muito direta e honesta com tudo e eu estou muito animada porque eu conheço tão bem esses meninos e fizemos essa viagem juntos.
Boa entrevista!
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