sábado, 10 de abril de 2010

Dakota Fanning não é mais uma Criança.

Dakota Fanning ainda se comporta como uma garota de sua idade em The Runaways, mas o filme sobre uma banda de rock formada por meninas adolescentes nos anos 70 a mostra em papel que causará choque àquelas que acreditam que ela continua sendo a bonequinha que interpretou em filmes como Uma Lição de Amor, Sonhadora e Guerra dos Mundos.
Como Cherie Curry, a vocalista do Runaways, a atriz de 16 anos deixa de lado os papéis ingênuos e é mostrada cheirando uma mão cheia de cocaína, apalpando os técnicos de som da banda e participando de uma ardente cena de beijo homossexual com a co-estrela Kristen Stewart. Fanning também exibe a lingerie que era o figurino de palco preferido de Currie para cantar diversos sucessos da banda, incluindo Cherry Bomb, um hino nada sutil de sexualidade feminina adolescente.
A menininha está crescendo rápido, ao menos nas telas.
Na vida real, ela é animadora de torcida em sua escola, em North Hollywood, gosta de tricotar e é praticante ocasional de piano e violino; também está aprendendo francês.
Nada disso combina bem com os excessos amorais de Currie -é por isso que o trabalho de Fanning é definido como "interpretação", afinal. E essa é uma contradição que os espectadores de cinema deveriam se acostumar a ver, como explicou Fanning em uma entrevista por telefone durante uma pausa de primavera em suas aulas.

Você está amadurecendo de maneira inteligente em suas escolhas de papéis, como em The Runaways. Essas decisões são totalmente suas, ou vêm de seus pais ou conselheiros?
Muita gente está envolvida nessas decisões, na verdade, mas a palavra final sempre tem de ser minha. Quando você faz um filme, doa uma parte de você àquele personagem. Tenho de me comover e de me inspirar, se pretendo fazer um bom trabalho. Sei que existe uma certa sensação, quando você lê um roteiro e ele se comunica com você. A sensação, de certa forma, é a de que aquele papel parece ter sido feito para você.

Há uma cena em The Runaways na qual Cherie ouve pela primeira vez a letra de Cherry Bomb e diz que não vai cantar aquilo; quase deixa a banda por isso. Você imaginaria fazer o mesmo, se um papel fosse arriscado demais?
É uma decisão muito difícil de tomar. E diz muito sobre a inocência e a persistência dela, duas coisas que acho que todo mundo adorava em Cherie. Mas, claro, há momentos em que é preciso dizer não. Talvez existam certas coisas que eu não faria para um papel. Não sei se é possível pensar de fato a respeito até que a situação aconteça, sabe?
Algumas pessoas não vão querer abandonar a pequena e querida Dakota de quem tanto gostaram em Uma Lição de Amor e Guerra dos Mundos. Isso é completamente natural. As pessoas me veem em filmes desde que tenho seis anos de idade, e sentem que acompanharam meu crescimento. Compreendo perfeitamente. Muita gente não está acostumada a me ver trabalhar com histórias diferentes no cinema, mas à medida que você envelhece é isso que acontece. Quero trabalhar com isso para sempre, e por isso no futuro com certeza farei muita coisa de diferente. Espero por essa oportunidade, e que meus fãs possam crescer junto comigo.

Muitos desses fãs estão literalmente crescendo com você, e talvez a tomem como exemplo, nos filmes ou para a vida real. Isso faz alguma diferença?
Quando você faz alguma coisa que a expõem ao público, é parte do que acontece. É algo que é preciso aceitar. Mas não sei se é possível escolher papéis com base no que seria o melhor exemplo. Isso não é realmente justo. Como pessoa, você vive sua vida de determinada maneira. Mas no cinema existe a oportunidade de explorar um tipo diferente de personalidade, ou um tipo diferente de vida.

Quem você deseja ser, afinal? Meryl Streep ou Julia Roberts?
Não sei. Não quero ser outra pessoa. Mas minha admiração por Meryl Streep e Julia Roberts é enorme. Quero continuar interpretando papéis que me comovam, ou possam comover outras pessoas. É a isso que você aspira como ator. Não sei para onde os papéis podem me conduzir. Quero fazer coisas diferentes o tempo, o que quer que surja e pareça certo.

Você está ciente de sua imagem como uma criança absurdamente inteligente de Hollywood?
Nunca pensei em mim mesma como coisa diferente do que sou. Talvez isso venha de os meus pais sempre terem me tratado como uma pessoa de verdade, desde que eu era bebê. Sempre me trataram como se minha opinião fizesse diferença. Sempre me senti muito normal, e levo uma vida muito normal quando não estou fazendo filmes. Além disso, minha mãe me criou com bons modos sulistas, e isso certamente ajuda.
Dakota Fanning desde pequena sempre mostrou que tem talento para ser Atriz. e sempre atuou melhor do que muita ''gente grande''.

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